3 Dia - Museu Anne Franck

Olá!!
O dia 06 de Abril, foi um dia muito intenso e cansativo, fomos até á cidade da Tolerância.
Vou também dividir este dia em duas partes, pois começamos com uma visita que para mim foi o concretizar de um sonho, e por isso merece o devido destaque...

Saímos cedo para Amesterdão, foi uma viagem de mais ou menos 30mn, como era difícil o estacionamento, fomos para um parque subterrânio onde se pagava a módica quantia de 55€ por dia, isso quer dizer que começámos logo a ver o dinheiro a ir embora.

Pegamos no GPS, e mesmo indo a pé ele levou-nos direitinhos ao local que seria a minha visita da semana:

Casa Museu de Anne Franck


Compramos os bilhetes ainda em Portugal para as 10:30H, através do site do museu, e quando lá chegámos percebemos o porquê de nos aconselharem a fazê-lo, pois a fila para entrar era enorme...

Talvez o diário dela escrito antes e durante o tempo que esteve escondida, traduzido para 67 idiomas, seja um dos mais lidos no mundo. E o esconderijo seja um dos pontos turísticos mais visitados de Amesterdão.

Foi o primeiro livro a "sério" que li, tinha 12 anos, e confesso que me marcou bastante, mais tarde já em adulta voltei a pegar nele, e ao preparar esta viagem achei por bem dar outra vez uma vista de olhos.

Esta é a casa onde Anne Frank com 13 anos se escondeu com sua família e outros judeus durante mais de 2 anos (1942 a 1944) da ocupação alemã, sem poder sair para brincar, fazer barulho nem ser vista, e que ficou eternizada no seu diário que lhe foi oferecido quando fez 13 anos.
Ela escreveu nele até acabar todas as folhas, depois e já no anexo passou escrever em cadernos e folhas soltas...


Hoje o antigo esconderijo é um museu que emociona. Não tem a mobilia, somente existe alguns dos poster's com que Anne decorou a parede do quarto onde dormia e que fala no seu diário,os móveis da casa de banho e a bancada da cozinha, mas mesmo assim dá para imaginar principalmente a quem leu o livro,como deve ter sido difícil viver 2 anos escondidos e com medo de serem descobertos, também existe muitas explicações que nos ajudam a visualizar.

Quarto de Anne Franck

Impressionou-me o tamanho do quarto onde dormia a Anne, a "casa de banho", a divisão que ainda tem a bancada da cozinha e que servia de quarto aos Van Pels , e a entrada para o esconderijo... as lágrimas vieram-me aos olhos em algumas situações principalmente com alguns depoimentos e comentários...

Os espaços partilhados por estas 8 pessoas estão de janelas tapadas, para que a visita se faça na penumbra em que elas viveram até serem enviadas para os campos de concentração.

Durante mais de dois anos que Anne Frank e a sua família viveu no anexo do edifício em Prinsengracht 263 onde o pai de Anne, Otto Frank, também tinha um negócio. A família Van Pels e Fritz Pfeffer também se escondeu aqui com eles. A porta para o anexo estava fechada por detrás de uma estante amovível construída especialmente para este fim. Os trabalhadores sabiam do esconderijo e ajudavam as oito pessoas dando-lhes comida e noticias sobre o que ia acontecendo no mundo lá fora.

A 4 de Agosto de 1944, o esconderijo foi descoberto, um mês antes da libertação da cidade pelas tropas aliadas. As pessoas que se encontravam escondidas foram deportadas para vários campos de concentração. Apenas Otto Frank – o pai -sobreviveu à guerra.

Anne faleceu de febre tifóide no campo de concentração, em Bergen-Belsen, na Alemanha, aos 15 anos.

São apresentadas várias citações do seu diário, documentos históricos, fotografias, pequenos filmes, e objectos originais que pertenceram aqueles que se encontravam escondidos e às pessoas que os ajudavam estão aqui expostos.

O Museu possui um café e uma livraria que valem bem a pena serem visitados e é engraçado encontrar no meio de tantos livros uns em Português, e claro que comprei os que havia:


Esta é a vista do café dentro do museu...



A Casa de Anne Frank não é facilmente acessível, é estreita e as escadas têm uma inclinação considerável.

Foi também criada a Fundação Anne Franck com o objectivo de “promover a tolerância e o respeito mútuo na sociedade”.

Não tenho palavras para explicar o que foi para mim esta visita, mas o que me impressionou foi o interesse da minha filha por tudo aquilo, e ainda hoje ela fala e faz perguntas sobre aquela menina que esteve fechada na casa - a ANNE FRANCK .
Espero conseguir lhe transmitir valores suficientes para que ela seja sempre tolerante e que respeite todos por igual.

Canal em frente á casa,


Mapa de localização da casa,


Esquema da casa, espero poder substituir esta foto por uma mais explicita, mas neste momento estou sem scanner,


À porta da casa nº 163 ,


A Wewtertoren (Torre Oeste), que Anne fala no seu diário, e que se via do sotão,

A estátua,


Acho que não vou ficar por aqui, depois de ler os livros volto cá para contar mais, pois é uma parte da história que me fascina - pelas piores razões claro...

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