3º dia - Amesterdão

Tenho andado fugida, mas não ganhei para o susto, quando me apercebi que o meu disco externo (onde estavam todas as fotos) tinha tido uma queda fatal... valeu-me a minha Mena e os seus 9 Cd's com as fotos desta maravilhosa viagem.

Saímos da casa de Anne Franck e começamos a percorrer as ruas desta cidade que descobri ser fascinante, para mim a palavra que mais a caracteriza é TOLERÂNCIA, o que a torna diferente e me deixou com vontade de voltar para poder visitar museus, bares e deambular pelas ruas sem pressas um pouco ao sabor do tempo.

Sem dúvida que o que fica retido são os seus magníficos canais, pontes e fachadas, é sem dúvida uma arquitectura diferente, os edifícios são estreitos e altos, e vimos alguns com alguma inclinação, penso que se deve ao tipo de solo…


Tem 1.281 as pontes que se cruzam sobre 165 canais, fazendo a ligação de 90 ilhas, o dobro de canais e pontes de Veneza.


Nesses canais existem os Barcos Casas, que são moradias em barcos, existem familias que vivem neles com muito conforto e requinte. Todas têm endereço, correio etc., , e como visitamos os canais á noite foi bonito vê-las enfeitadas e habitadas.
Existem cerca de 3.000 casas flutuantes ancoradas ao longo dos diversos canais, algumas são restaurantes e até hotéis.


Amsterdam é uma cidade para se andar a pé, de barco ou de bicicleta.
Olhem só este estacionamento de bicicletas, ao lado da Estação Central...


Fiquei com a sensação que aqui as bicicletas são as Rainhas, sim, é mais fácil sermos atropelados por uma “bicla” que por um carro… e a velocidade!
A verdade é que há bicicletas para todos os gostos, e para transportar toda a familia. Estão estacionadas por toda a cidade, a maior parte sem estarem presas, e ninguém leva outra por engano.
Eu acho que como sou perdia logo o “norte” á minha… é muito confuso mas impressionante.



Como na maioria das cidades europeias, a Estação central é o centro de tudo e um dos principais portões de Amesterdão, é aqui que chegam e partem todos os comboios Nacionais e internacionais, e é uma das mais movimentadas da Europa. Além disso existe uma infinidade de serviços, como telefones, WC públicos com chuveiros, venda de bilhetes para todos os transportes, agência de viagens, florista, farmácia, livraria, restaurantes… é um centro comercial.

Não podiamos deixar de ir ao famoso Bloemenmarkt, apanhamos o eléctrico perto da estação central e parámos mesmo no Mercado das Flores de Amesterdão este está situado às margens do canal Singel, um dos canais mais antigos da cidade. No total, são mais de 20 locais de venda flutuantes, nos quais é possível comprar todo tipo de flores.
Fundado em 1862, há mais de 140 anos, o Bloemenmarkt é um dos mercados de flores mais famosos da Holanda.
Lá encontramos desde bolbos e sementes até as plantas de tulipa propriamente ditas, bem como uma grande variedade de suvenires tradicionais, e claro as famosas plantas de canabis e seus derivados, foi lá que comprei uns rebuçados de Canabis, já os provámos e confesso que o gosto é terrível, e o efeito nenhum…



Falando de droga e de tolerância, digo-vos que me apaixonei pela cidade pois possui um estilo de vida próprio e multicultural, que abrange a prostituição legalizada e a aceitação oficial do consumo público de drogas leves, isto numa tentativa de descrimininalizar o uso e diminuir o tráfico de drogas, Também têm os bares Homossexuais bem identificados, onde só vai quem quiser, e estão lá de uma forma tão natural que é difícil para um “tuga” (não preconceituosos) explicar o porquê de ter adorado ver…




Existem só em Amesterdão, mais de 300 "herbs-cafes", bares onde a venda de pequenas quantidades de drogas para consumo pessoal é permitida. Como não é obrigatório o consumo, pode-se tranquilamente visitar um desses lugares e pedir somente um café! Vimos imensos bares e clubes onde o consumo é permitido, por vezes notava-se o cheiro na rua…


Mas por outro lado a compra de drogas nas ruas é ilegal, embora muito comum.

Outra visita obrigatória foi ao famoso Bairro da Luz Vermelha que cobre uma grande área da parte mais antiga da cidade. O charme do bairro vem dos seus prédios antigos ao longo dos canais arborizados e dos simpáticos e atraentes cafés. Músicas de todos os géneros vindas dos inúmeros estabelecimentos são ouvidas nas ruas até bem tarde.
Existem “lojas” com vitrinas enormes, onde mulheres estão expostas com roupa mínima, iluminadas com luzes vermelhas. Vimos muitas e bem variadas, umas a dançar, outras sentadas, outras arranjam unhas, umas bem bonitas, de roupa interior, biquini’s etc. existe sem dúvida uma grande diversidade.
Passamos 2 vezes pelo bairro (durante o dia e á noite) o movimento é diferente como se pode calcular, mas á noite as ruas estão agradavelmente iluminadas, durante todo o dia vimos bastantes famílias a andar sossegadamente como se estivessem num parque, a olhar para as meninas como se de lojas se tratasse, é sem dúvida um local extremamente turístico.
Elas não se metem connosco, principalmente se levarmos as crianças junto, mas se os homens se afastam aí sim, elas chamam…
Não me chocou em nada, e até acho que é uma óptima solução para esta “profissão” a maior parte das vezes sem condições higiénicas nenhumas…


Para além disso existe bastantes bares cinemas onde o sexo é principal interesse


Existem museus para tudo em Amesterdão, e foi com muita pena que não os visitei, pois o tempo não dá para tudo…

O Museu do Sexo, museu da tortura, museu do canabis, museu da madame Tussaud, Museu Van Gogh, experiência Heineken, 'Museu de ciência e tecnologia localizado no imperdível edifício em forma de navio, museu Shipping com a sua réplica de um navio mercante Holandês, Museu Judaico, Museu de Tulipas etc.







Por fim, já eram 22H, fomos fazer uma viagem pelos canais
Não tenho palavras para explicar esta experiência maravilhosa, as luzes, o movimento nocturno em algumas ruas, as pontes… é lindo…

Deslizar pelos canais de Amesterdão é voltar no tempo.
Fomos na companhia canal Cruises excursions , onde havia explicações em inglês dos locais por onde passávamos.






Curiosidades:

Na praça onde se encontra o Museu Madame Trussaud havia uma feira onde o Ricardo jogou nas máquinas de casino, e foram andar na casa do riso... vejam a sequência,








Encontrámos um restaurante Português, e claro ficámos logo a ver a ementa, estava fechado mas por coincidência o dono (Português) estava lá... foi bastante simpático deixou-nos tirar umas fotos, e explicou-nos que á 2ª feira (dia em que lá estivemos) é o dia da cidade colocar o lixo na rua, por isso aproveita para fechar o restaurante... mais uma informação.




As "casas de banho" púbicas são o espelho despreocupado da cidade,


Este foi o local onde almoçamos, não comento, pois foi o pior sitio onde alguma vez entrei...
O nome então é bastante enganador...


Foi um dia bastante cansativo,confesso que acabei de rastos, mas adorei! Como eu disse a alguém dos meus companheiros, não havia nada, nem má disposição nem amuos, que me fossem estragar o dia...


É uma cidade dinâmica, alegre, e de carácter verdadeiramente internacional.
Passou a ser sem dúvida para mim uma cidade de eleição principalmente por ser tão difícil encontrar dentro de um local tanta ...

TOLERÂNCIA


Mais umas fotos,








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