Guimarães - Valença - O'Grove


Chegámos a Guimarães ao fim tarde, ficámos numa Pensão bem agradável e muito bem localizada-Residêncial S. Mamede - fomos tomar um banhito, mudar de roupa e pusemo-nos a caminho, confesso que é um local que visitei por diversas vezes, mas dá sempre muito prazer lá voltar!.
É uma cidade histórica, com um papel crucial na formação de Portugal, o seu Centro histórico é considerado Património Cultural da Humanidade,as ruas e monumentos respiram história e encantam qualquer pessoa.

Deambulámos pelas ruas, ainda enfeitadas de uma festa que tinha "acabado de acabar..."




Ao fim do dia fomos Jantar a um largo, que tem ligação ao famoso largo de S Tiago, onde os restaurantes têm as esplanadas na rua, criando um ambiente muito acolhedor e tradicional, mesmo na zona mais histórica da cidade...
Mas o mais deslumbrante foi o cair da noite, e o efeito de luzes que aquele lugar tem.Parece que entramos num mundo mágico... dá vontade de ali ficar horas e horas a admirar aquelas luzes a enfeitar as casas e os(as) seus habitantes a espreitar pelas janelas


Mas a maior surpresa, foi encontrar uns grandes amigos que moram a menos de 10km, que raramente nos vimos e... estavam lá a começar as suas férias. Acreditem que naquele ambiente fabuloso esta surpresa foi como é hábito dizer "a cereja em cima do bolo."

Aqui estamos nós com a Família Azevedo...

Claro que o resto da noite foi muito divertida, todos sabem que onde está a Tia Claudia e o Tio Zé não á tristezas, só muita diversão... e foi assim a nossa noite,

Um dos programas que Guimarães nos proporcionou foi o "Museu á Noite", No Museu de Alberto Sampaio, à entrada ficámos com a ideia que ía ser uma "seca"- não é Zé??_ mas depois ficámos deslumbrados com a parte interior do museu...
Este Museu foi criado em 1928 para albergar as colecções da extinta Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira e de outras igrejas e conventos da região de Guimarães, então na posse do Estado.
Ficámos fascinados com o loudel que D. João I vestiu na batalha de Aljubarrota, Achamos uma peça bem conservado e de um requinte espectacular.
Os Senhores que vigiavam o espaço, foram muito simpáticos e uns óptimos guias na nossa visita, explicando a história, origem e modos de conservação das peças.



Tivemos de nos despedir dos nossos companheiros, infelizmente o tempo não dá para tudo... mas acreditem que foi com muita pena, apetecia seguir viagem com eles, mas na verdade a nossa rota só coincidia ali...

No dia seguinte arrumámos as coisas, arrumámos o carro, e seguimos para conhecer o outro lado de Guimarães.
Começámos pelo Santuário da Penha, situado no Monte da Penha.


Seguimos para o Castelo de Guimarães, marcado pelos episódios que deram origem a Nação Portuguesa, o Castelo terá assistido também ao nascimento do primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques.


O Paço dos Duques de Bragança foi construído no século XV, por D. Afonso, 1.º duque de Bragança, e o estilo borgonhês deste palácio reflecte os seus gostos, adquiridos nas viagens pela Europa, ainda que o aspecto actual tenha sido recriado, de forma polémica, durante o Estado Novo.
O palácio ficou vazio quando a família dos Braganças se mudou para Vila Viçosa.
Algumas salas no seu interior compõem hoje em dia um museu bastante rico em peças cheias de história.



Aqui está a emblemática Estátua de D. Afonso Henriques.

Visitámos a Capela Românica da Igreja de São Miguel da Oliveira, no sector Oeste do Castelo, onde se encontra a Pia que , dizem, onde foi batizado D.Afonso Henriques


Seguimos caminho... sim!!! Parar é morrer, portanto aí fomos nós para o próximo destino:

VALENÇA

Esta vila amuralhada fica sobre uma elevação na margem do Rio Minho,
As suas muralhas foram várias vezes destruídas por vários inimigos, mas sucessivamente reconstruídas.
Estas muralhas merecem sem dúvida uma visita demorada, primeiro pelo seu traçado e estenção, e também pela conservação e beleza da paisagem.

Chegámos sem estadia e logo arranjámos uma pensão bem "catita" bem dentro das muralhas- Pensão PORTAS DO SOL , com poucos meses de existência, junta o moderno dos interiores, num prédio já com muitos anos eu daria 5*****, não fosse a falta de Pequeno Almoço...

Ficámos fascinados com esta vila, onde o principal atractivo é o comércio, principalmente dos têxteis, e na qual encontrámos o contraste do movimento do dia com a calma e o sossego da noite. Quando entrámos as lojas estavam cheias, o movimento das pessoas era tanto que se tornava difícil circular pelas ruas da vila... mas a partir das 19H (hora de fecho das lojas) todos abandonam as muralhas, turistas, lojistas... não fica ninguém nas ruas, aquela vila de traços antigos fica ao nosso dispor para poder ser explorada, é simplesmente espectacular...

Ficámos lá dois dias... ou melhor duas maravilhosas noites!!!


No segundo dia fomos até O'GROVE

As praias, as águas termais e os produtos do mar, convertem a esta vila num dos pontos de interesse turístico mais conhecidos da Galiza.

O Grove, península localizada na entrada da Ria de Arousa. Confina a sudeste com Sanxenxo. Ocupa uma extensão de 21 km2 e está formada por duas freguesias, San Martiño e San Vicente, e uma povoada ilha, A Toxa.

Foi por aqui que começámos, atravessámos até á Ilha de TOJA ou TOXA, mostrou-se um ponto de turismo bastante concorrido, havia pessoas por todo o lado, e o comércio (para variar!) estava espalhado por toda a Ilha...

Começámos por visitar a Fábrica dos sabonetes, é apenas uma espaço com a descrição do modo como são feitos estes famosos sabonetes, com uma loja onde vendem vários produtos relacionados com esta industria...



Mesmo á frente estava a famosa Ermida da ilha de A Toxa, dedicada a São Caralampio e à Virgem do Carmo, conserva o seu culto desde o séc. XII. É uma das mais singulares de toda a Galiza. Recoberta de conchas de vieira, chama a atenção no centro da ilha. O interior é modesto e com certo ar marinheiro.

Por fim, e porque nós temos duas crianças inquietas, lá fomos ao parque...



De seguida fomos para a O'GROVE, onde o objectivo era viajar nos Famosos Catamarãs, que nos levam até aos viveiros de Mexilhão.

Mas antes fizemos um pic-nic, a pedido das nossas meninas, e além do mais deu algum jeito a nível monetário...

Depois lá fomos nós pelas águas da Ria Arousa, a bordo de um Catamarã, que saem mesmo do centro da Vila.



Atracámos numa base

Uma corda de Mexilhão que pode pesar até 300KG

Vista dentro do Catamarã

Os viveiros

Serviram-nos mexilhões ao vapor

Depois deste dia bastante intenso, lá fomos nós novamente até Valença, nessa noite aproveitámos ao máximo o sossego deste local, e até houve um jogo de futebol em plenas ruas da vila....



Esta era a última noite aqui, pois outras paragens esperavam por nós, mas confesso que adorei a estadia e penso repeti-la assim que puder...

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